Mais de 30 sindicalistas que fizeram parte da construção da CUT-DF tiveram suas conquistas, memórias e desafios resgatados no documentário: “A voz é delas”, que estreia no dia 31/3, às 19h, no Teatro dos Bancários. Dentre os pontos abordados no filme, estão o processo de entrada das mulheres no mundo sindical, os sonhos, as retaliações e o machismo enfrentados dentro do movimento.
Para escolher as entrevistadas, a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-DF, Thaísa Magalhães, afirma que foram convidadas sindicalistas que de alguma forma participaram da história da entidade e que a diversidade foi um dos critérios de escolha.
“Entrevistamos mulheres de sindicatos municipais e rurais, dos grandes sindicatos do DF, como bancários, Sindsep, Sinpro, cuja história se confunde com a história da própria CUT, e também dos pequenos sindicatos do DF. Um dos critérios foi a tentativa de paridade racial, no que observei que, os grandes sindicatos são compostos majoritariamente por mulheres brancas, enquanto as sindicalistas que atuam nas organizações municipais e rurais, em sua maioria são negras. É um ponto a se refletir, e trabalhar para inserção das mulheres negras nos espaços de poder e decisão”, afirmou Thaísa.
A dirigente, que esteve à frente da maior parte das entrevistas ao longo dos últimos meses, foi também idealizadora do projeto e explica que a história do sindicalismo brasileiro é contada pela perspectiva dos homens.
“Embora exista a paridade hoje, às vezes ainda é como se não existíssemos, somos apagadas da história”, explicou.
A expectativa de Thaísa é que a situação das mulheres no movimento sindical desperte a curiosidade não apenas delas, mas também dos homens que no dia a dia também têm o poder de ajudar a mudar essa realidade.
“Trabalhamos muito, acumulando cuidados, tarefas domésticas, trabalho formal (como no meu caso) e trabalhando muito nos sindicatos e na CUT. Essa história é importante de ser contada”, afirma Thaísa.
Fonte: CUT-DF
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