“O comércio não está vendendo por causa dos juros altos”, declarou a secretária-geral do Sindicato dos Comerciários do Distrito Federal, Geralda Godinho, durante manifestação em frente ao Banco Central, no início da tarde desta terça-feira (21).
Atendendo ao chamado da CUT, o Sindicom-DF e diversas entidades sindicais e movimentos sociais se reuniram em protesto contra as altas taxas de juros impostas pelo Banco Central. Com a maior taxa do planeta, fixada em 13,75%, o BC privilegia os mais ricos e prejudica perversamente as camadas mais pobres da sociedade.
Em sua fala, Geralda alertou quanto ao risco de diversos estabelecimentos comerciais no DF fecharem suas portas.
“Várias empresas estão fechando por falta de vendas. O empresário prefere deixar seu dinheiro investido no banco do que manter uma loja aberta correndo risco”, alertou.
Segundo a sindicalista, o trabalhador costuma comprar através de financiamento, mas com essas taxas de juros exorbitantes, os estabelecimentos comerciais estão vazios.
Além da queda dos juros, os manifestantes também pediam a saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, aliado de Bolsonaro, e a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF).