Na última sexta (31), a Central Única dos Trabalhadores no Distrito Federal promoveu o lançamento do documentário “A voz é delas: histórias não contadas das mulheres sindicalistas”, no Teatro dos Bancários de Brasília. A obra, de iniciativa da Secretaria de Mulheres Trabalhadoras da CUT-DF, apresenta o relato de várias dirigentes sindicais sobre as dificuldades enfrentadas na conquista de espaços de poder e fala dentro das entidades representativas de classe.
Idealizado pela secretária de Mulheres da CUT-DF, Thaísa Magalhães, e com o apoio de sindicatos parceiros, o longa tem por objetivo resgatar a memória e ratificar a importância da luta das mulheres no movimento dos trabalhadores e trabalhadoras. Segundo Thaísa, “não há como falar de mulheres sem falar da luta sindical, assim como não há como falar da luta sindical sem falar das mulheres”.
“Esse documentário busca resgatar a memória da atuação das mulheres no movimento sindical e sua importância na luta de classes. O foco nunca foi nas vitórias ou conquistas, mas, sim, combater um apagamento que já dura 40 anos”, explicou.
Sindicalista há mais de três décadas, a secretária-geral do Sindicom-DF, Geralda Godinho, participou do documentário e esteve presente ao seu lançamento.
“Não foi uma trajetória fácil! Infelizmente, o machismo estrutural está presente em todas as esferas e no sindicalismo não é diferente. Foi difícil de entrar, mais difícil ainda foi conseguir permanecer e se fazer ouvida e respeitada”, disse Geralda.
A deputada Érika Kokay, ex-presidenta da CUT-DF, participou do projeto e também esteve em seu lançamento. Ela ressaltou a importância da Central Única como pioneira em iniciativas como paridade de gênero e cotas.
“Mesmo com os avanços, ainda temos muito a caminhar. Quando as mulheres se colocam em movimento, vamos igual onda, nos movimentando pelo conjunto da sociedade”, evidenciou.
Ao final do lançamento, as sindicalistas que participaram do projeto vieram ao palco, receberam flores e foram homenageadas com uma salva de palmas da plateia.
“É muito bom receber o reconhecimento por nosso esforço e por nossa trajetória de luta. Mas, a melhor gratificação será ver o nosso testemunho servindo para mudar essa realidade dentro do movimento sindical”, concluiu Geralda.
Por se tratar de um material de formação, A CUT-DF está disponibilizando o documentário para ser reproduzido em todos os espaços e solicita aos sindicatos, federações e confederações, que se utilizem dele para abrir espaços de discussão em suas instituições, a fim de debater o tema da invisibilização das mulheres no sindicalismo.
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Com informações da CUT-DF