Representantes das comerciárias e dos comerciários do DF participaram de um momento histórico nesta quarta-feira (18): um encontro com o presidente Lula para debater a retomada dos direitos retirados nos últimos anos. A atividade, que contou com a participação de sindicalistas de todo o país, marcou um novo tempo para classe trabalhadora. Um tempo de reconstrução e diálogo.
Além de Lula, os ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e da Casa Civil, Rui Costa também estiveram presentes na atividade.
A secretária-geral do Sindicato dos Comerciários do Distrito Federal (Sindicom), Geralda Godinho, destacou a importância da abertura das portas do Palácio do Planalto – onde ocorreu a atividade – para a representação dos trabalhadores.
“É um dia muito importante para nossa luta porque ficamos muitos anos sem ter diálogo com os últimos governos. Agora, com Lula, voltaremos a ter voz”, afirmou a sindicalista.
Na cerimônia, Lula assinou a portaria que cria um grupo de trabalho para debater uma política permanente de valorização do salário mínimo. O grupo, que vai trabalhar por 45 dias, podendo ter o prazo prorrogado pelo mesmo período, será composto por representantes de sete ministérios, além das centrais sindicais.
Sobre esse ponto, Geralda ressaltou o quão importante é ter um salário mínimo valorizado e com aumento real.
“Muitos dos trabalhadores da nossa categoria recebem apenas um salário mínimo, e até mesmo os que recebem mais, têm o pagamento baseado no mínimo. Então, é importante que tenhamos um salário base que permita que o trabalhador consiga ter qualidade de vida e viver com dignidade”, disse a sindicalista.
O fortalecimento das entidades sindicais – principal instrumento de luta dos trabalhadores – também foi tema do encontro. “Acham que o mundo moderno não precisa de sindicatos. Mas a democracia, quanto mais forte, mais precisa de sindicatos. Para representar os desejos dos trabalhadores”, afirmou o presidente Lula pelas redes sociais.
A reformulação da reforma trabalhista, que retirou direitos, a criação de novas formas de financiamento das entidades sindicais, e a reforma tributária também foram pautas debatidas no encontro.