A poucos dias da eleição mais importante desde a redemocratização do Brasil, a diretoria do Sindicato dos Comerciários no Distrito Federal (Sindicom-DF) tomou as ruas para ressaltar a importância da liberdade do voto da categoria.
Durante a semana, os dirigentes sindicais visitaram o comércio do DF para alertar os comerciários e comerciárias sobre como agir diante de qualquer tentativa de coação eleitoral por parte dos patrões.
Mas o assédio dos empregadores não começou agora. Antes de iniciar a campanha eleitoral, alguns já ensaiavam formas de pressionar seus empregados, mas com o surgimento de um 2º turno eleitoral, os casos estouraram na capital do país.
Segundo a direção do sindicato, a entidade recebeu inúmeras denúncias que foram apuradas e encaminhadas ao Ministério Público do Trabalho. Além de constrangimentos e ameaças, também foram registradas situações em que o empregador deu dinheiro e outros bens como forma de aliciar o voto dos funcionários.
Luiz Saraiva, secretário de base do Sindicom-DF, participou do mutirão de esclarecimento junto aos trabalhadores e trabalhadoras do comércio e disse que a pressão sobre a categoria ainda está muito grande, mesmo com a decisão judicial de multar os assediadores.
“O atual governo tirou muitos dos direitos trabalhistas e, recentemente, deixou escapar que, caso seja reeleito, não reajustará mais o salário mínimo com base na inflação. Com isso, os trabalhadores vão receber bem menos e os patrões lucrarão ainda mais às custas da exploração de seus funcionários. É por isso que muitos empresários se arriscam em praticar o assédio eleitoral, porque querem um presidente que continue incentivando esses abusos contra a classe trabalhadora”, alertou o dirigente.
Nas conversas com os comerciários e comerciárias, Luizinho reforçou que o voto é livre e secreto, e cada eleitor deve escolher de acordo com suas convicções políticas e expectativa de melhorias para o país.
“É inadmissível quererem encabrestar nosso voto. Esse desrespeito às liberdades individuais é mais uma prova do quanto a nossa democracia vem sendo ferida de morte”, pontuou.
Em caso de assédio eleitoral, denuncie!
Os trabalhadores precisam denunciar a coação eleitoral, mas não apenas de forma verbal. É importante que se juntem provas. Gravações de áudio, de vídeo e/ou até mesmo declarações de mais de um funcionário servem para comprovar o crime.
O descumprimento da decisão liminar prevê multa no valor de R$ 10 mil por cada trabalhador ameaçado, molestado ou constrangido a exercer opção de voto defendida, recomendada ou imposta pelo empregador.
Em caso de assédio, procure o sindicato através dos nossos canais de comunicação. Nossa assessoria jurídica prestará todo apoio e orientação necessária. Telefone para contato: (061) 3224-3808.