Para traçar estratégias de luta contra o reajuste das passagens do transporte público do DF, a CUT e movimentos sociais e estudantil se reuniram na tarde desta sexta-feira (10) e deliberaram uma série de ações para os próximos dias. Entre as atividades, um ato − convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) − está agendado para terça-feira (14), às 18h, na Praça do Índio, na 703/704 Sul. Na segunda (13), as entidades se reúnem novamente para debater a construção da mobilização.
Outra ação importante é uma panfletagem na quarta-feira (15), na Rodoviária do Plano Piloto, a partir das 17h. A ideia é distribuir para a população um panfleto explicativo que deixe claro que o usuário será a parte mais prejudicada com a medida. “É preciso realizar um diálogo com a sociedade, pois é ela que usa o transporte público diariamente.No entanto, a luta não pode se limitar aos 10%. Precisamos fazer uma luta de fôlego, que debata o modelo de transporte público no DF”, afirmou o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF), que participou da atividade.
O reajuste
O reajuste tarifário de 10% foi publicado no Diário Oficial do DF na manhã desta sexta (13) e os valores começam a valer a partir da segunda (13). Isso que dizer que a tarifa de R$ 2,50 passa para R$ 2,75; a de R$ 3,50 vai para R$ 3,85; e a de R$ 5 sobe para R$ 5,50. O reajuste vale tanto para as passagens dos ônibus como do metrô. O último aumento ocorreu em 2017.
Como justificativa, o GDF afirmou que se trata de um aumento necessário para sanar os déficits gerados pela gratuidade e para arcar com possíveis manutenções.
Para o presidente da CUT DF, Rodrigo Rodrigues, trata-se de uma medida arbitrária e excludente, pois “prejudica, principalmente, os usuários que moram nas regiões periféricas, mais afastadas do centro da capital federal”.
“Além do mais, o índice de desemprego é muito mais agressivo nessas regiões. Dessa forma, dificulta que essas pessoas tenham acesso ao Plano Piloto, região onde ocorrem a maioria das ocupações. Por isso, continuaremos lutando para esse reajuste seja anulado”, disse.
Fonte: CUT Brasília