As tarifas começam a vigorar a partir do próximo sábado (5/7)
O Sindicato dos Comerciários do Distrito Federal (Sindicom-DF) repudia a decisão do Governo Ibaneis de privatizar os estacionamentos nas adjacências da Rodoviária do Plano Piloto — também recentemente privatizada. A medida, em vigor desde junho, transfere a gestão de aproximadamente 2.900 vagas para a iniciativa privada, com tarifas que variam entre R$ 7 e R$ 12 por hora, afetando diretamente trabalhadores e trabalhadoras, lojistas e o público que circula no Conjunto Nacional e no Conic.
Além de encarecer o acesso à região central de Brasília, a cobrança impõe um custo diário adicional a quem precisa se deslocar para trabalhar ou consumir nesses centros comerciais. O resultado é a diminuição do fluxo de clientes, queda nas vendas e, consequentemente, riscos ao emprego e à renda de centenas de famílias.
Embora o Governo do Distrito Federal alegue que a privatização trará “modernização e segurança” à região, a direção do Sindicom-DF ressalta que tais melhorias não justificam o aumento do custo diário imposto a trabalhadores e trabalhadoras que dependem desses espaços para viver e produzir — como reforça a secretária-geral da entidade, Geralda Godinho.
“Esse é mais um ataque aos trabalhadores e trabalhadoras no comércio, que agora arcarão com tarifas abusivas para exercer sua rotina, e aos lojistas, que sofrerão com a redução de público e de vendas. Isso é inaceitável”, reforçou a dirigente.
Diante dos prejuízos evidentes à categoria, o Sindicom-DF acionou o Ministério Público do Trabalho, solicitando providências diante dos prejuízos que a medida causará aos comerciários e comerciárias que sempre utilizaram os estacionamentos que foram privatizados. A entidade espera que o MPT intervenha para proteger os direitos dos trabalhadores e buscar alternativas que não sacrifiquem ainda mais quem já lida com jornadas exaustivas e baixos salários.
“O Distrito Federal precisa ser administrado com foco em quem move a cidade todos os dias — a classe trabalhadora — e não sob a lógica de uma minoria privilegiada que vive distante da realidade da maioria da população”, concluiu Geralda.